quarta-feira, 27 de julho de 2011

Energia alienígena em forma de caleidoscópio


Projeção Extrafísica provocada.
Data: 25/07/06
Horário: 09h40

Acordei entre as 04h30 e 5h00 da madrugada, não conseguia mais dormir. Lá pelas 06h30 resolvi dar sequência na releitura do livro “O presente da Águia” de Carlos Castaneda. 

Depois de mais ou menos uma hora de leitura, meu corpo estava pesado e com sinais de sono fisiológico.

Guardei o livro e depois de ajeitar os travesseiros, deitei-me na posição de decúbito dorsal, com a parte superior do corpo erguida em um ângulo de noventa graus. Minha intenção era parar o meu diálogo interno, observando as imagens de sonhos que apareceriam na mente nas preliminares do sono.

Não foi difícil. 

Assim que as imagens incoerentes dos sonhos comuns começavam a aparecer, sentia estar entrando em sono profundo e então despertava. Fiquei um bom tempo nesse estado:

 — toda vez que as imagens apareciam e sentia que estava sendo dominado pelo sono, acordava propositadamente abrindo os olhos e observando o ambiente do meu quarto em silêncio.  

Fiquei repetindo essa técnica até não restar pensamento algum.

Em dado momento, senti que não conseguiria manter o meu estado de vigília e que logo seria dominado pelas cenas dos sonhos comuns que se projetavam qual uma tela em minha mente. 


Antes de ser dominado totalmente pelo sono fisiológico, concentrei-me em lembrar das palmas de minhas mãos em sonho ou mesmo pressionar a ponta da língua atrás do céu da boca, no intento de obter maior lucidez ou uma percepção total. 

Num piscar de olhos já estava tendo um sonho mais ou menos lúcido.

Eu andava atrás de pessoas comuns que passavam por mim rapidamente. 


Primeiro segui uma mulher que andava apressadamente, ela olhava para trás como que preocupada pelo fato de estar seguindo - a. Comecei a falar em voz alta que queria ver energia. A mulher fugia de mim rapidamente, e eu continuei segui - la até ela abrir um portão de madeira e entrar em um quintal de uma residência qualquer. Não conseguia perceber nitidamente a casa ou qualquer outro objeto, pois tudo estava em uma velocidade acima do normal. 

Senti que perderia a mulher de vista, ou que ela desapareceria do meu sonho, então comecei a gritar afobado e desordenadamente à intenção de querer ver energia. A cena foi ficando cômica. 

Quando já estava no extremo do ridículo, a mulher sumiu da minha vista, então desesperadamente olhei em todas as direções e apontava com o dedo para todas as pessoas que passavam por mim rapidamente. 

Até que, por fim, consegui seguir um homem que passou ligeiramente à minha frente, fui atrás dele apontando e gritando como um idiota: 

— Quero ver energia!

No momento em que pensei que também o perderia de vista, observei que estava mais querendo agarrá-lo com as mãos do que propriamente apontando com o dedo para ele. Parecia mais um palhaço atabalhoado do que alguém com um propósito específico. 


Corri para próximo do homem, que estava de costas para mim, e apontei o dedo mindinho da mão esquerda para ele enquanto fugia e comecei a verbalizar o meu intento de ver energia. Quando parecia que tudo acabaria como antes, algo ou alguma coisa invisível parou o homem. Ele virou para mim e tive a certeza que minha intenção prendeu sua atenção como uma cola.

Estranhamente, ao chegar a essa convicção, a imagem do homem se turvou ou nublou, sendo que a parte direita do seu corpo eu percebia de forma borrada e a outra metade, a esquerda, era escura como uma sombra. 


No mesmo instante tive a certeza, em alguma parte desconhecida de mim, que fizera algo de que poderia me arrepender. Foi quando passei a perceber uma sensação de corporalidade. Senti uma pressão macia em meus intestinos, sabia que acordaria. 

Então soprei com minha intenção a imagem nublada do homem o qual eu tinha “paralisado”.

***
Um segundo depois estava acordado. 


Ao abrir os olhos, sinto um peso enorme em meu corpo, tento levantar e não consigo. Parecia-me não conseguir respirar, entretanto consigo dar uma inspiração profunda; (isto fez com que sentisse) fazendo-me sentir meus braços adormecidos e as mãos entrelaçadas pressionando meu umbigo. 

Após três profundas inaladas senti que o ar não entrava em meus pulmões, mas que na verdade só me dava a impressão de estar respirando. Concluí o que já sabia, acabara de entrar no estado precedente à projeção: 

— “Paralisia Temporária”. 

Mantive a calma e aos poucos um senso de sobriedade foi tomando conta de mim. 

Percebi a pressão no intestino, já tinha tido essa mesma sensação em outras ocasiões, mas dessa vez era diferente, me mantive calmo e aquilo que antes era algo desagradável para mim, passou a ser objeto de observação. Parecia que meu intestino estava relaxado e dilatado e ao mesmo tempo preso por uma pressão que vinha de fora, contudo, estava dentro de mim. 

Olhei para o ambiente do meu quarto e estava tudo igual como na vida diária. 

Sem dúvidas era meu quarto tridimensional. 

Quis me projetar para fora do corpo e daquele estado inquietante de paralisia temporária, mas não conseguia me libertar da pressão que pesava sobre meu corpo. 

Então a mesma força morna que sentia em meu intestino começou a vibrar em meu maxilar. Senti a maçã do lado esquerdo e direito do rosto vibrando. E a extremidade do maxilar esquerdo e direito até a ponta do queixo foi sendo pressionada a tal ponto, que passei a ouvir um som como uma corrente elétrica dentro da minha caixa craniana. 

Não sentia dor, era como uma pressão morna que descarregava cargas elétricas indolores. 

Essa pressão me deixava em um estado peculiar de atenção, em que me forçava a ficar observando a vibração em meu maxilar, ao mesmo tempo em que minha visão focalizava adiante centralizada no meu chacra frontal.

Com essa atenção peculiar comecei a perceber alguns vestígios de linhas diáfanas no ar próximo ao teto, algo não muito nítido, porém, veloz e indefinido. 


Em seguida o som de "Zum" na minha cabeça aumentou intensamente, mas sem alterar o silêncio e a lucidez cristalina existente em minha percepção ao observar o quarto. Instantaneamente, projetou-se diante de mim, a um metro e sessenta de altura do chão e uma distância de dois metros e meio de onde estava, uma energia muito estranha.

Era um vórtice contendo um conglomerado de fios luminosos e translúcidos em seu interior. Um círculo com mais ou menos um metro e quinze de diâmetro. Essa energia girava em sentido horário como um caleidoscópio de tamanho desproporcional.


Quando girava ia horizontalmente de sua esquerda para a direita e vice versa, enquanto, verticalmente subia e descia em incessante movimento. Dando uma impressão inquietante e nervosa, parecia levemente crepitar. Como a um tremor nervoso quase imperceptível. No seu núcleo centenas ou milhares de fios transparentes e brilhantes se moviam, ou pareciam se mover por causa da rotação inquietante, criando formas geométricas das mais complexas possíveis. 

A princípio tive certeza de ser uma mandala com linhas geometricamente entrelaçadas umas nas outras dando uma perfeição indescritível. 

Em seguida, com o movimento rotatório e seguindo de um lado para outro, foi perdendo sua definição mandalística e ficando cada vez mais parecido com um painel de códigos extravagantes, algo um tanto parecido com os de ficção científica. 

No instante seguinte, percebi em alguns fios luminosos, nuances iridescentes, que apareciam e sumiam com o movimento incessante e nervoso do caleidoscópio de energia. 

Foi quando senti que a experiência que se desenrolava era muito parecida com alguns estados alterados e visionários que obtive com plantas de poder, como a ayahuasca e a psilocibina do cogumelo.

Nesse momento tive receio de que a experiência durasse muito tempo, ou que ficasse impressionado com as sensações corpóreas em meu rosto. Mas, ao contrário do que imaginava, me controlei e serenamente mantive-me sóbrio. 


Continuei a observar a energia e constatei que era autoconsciente e, nesse momento ela mais parecia uma esfera, um globo com fios translúcidos, emaranhados e interligados em toda sua extensão. Como teias prateadas de aranha, com nuances iridescentes que brilhavam e desapareciam em seguida, semelhantes à eletricidade dos neurônios em plena atividade no cérebro. 

Era tudo muito veloz. 

Fiquei absorvido pelo movimento e pela minha capacidade peculiar de visão, que até então me era desconhecida.

Em outro instante o conglomerado giratório de energia se desintegrou e voltando a se formar novamente, mas, dessa vez, os milhares de fios se aglutinaram na forma transparente e brilhante de uma fisionomia. 


A imagem de um rosto, uma cabeça desproporcional, alienígena, não humano. 

Era exótico e extraterreno. Com olhos grandes e amendoados, cabeça redonda e lisa, boca pequena, um queixo triangular e pontudo num rosto fino.

Esse rosto apresentava-se translúcido, em outras palavras, era diáfano como uma esmeralda. 

Esse Ser fitou -me friamente, por alguns segundos, com seu olhar grande e amendoado!

Mostrava-me não ser uma energia própria desse orbe.

Em seguida vi os milhares de fios luminosos se desfazerem restando apenas uma onda de energia. Quase ao mesmo instante em que acordei no corpo físico. 


Ainda pude captar o seu desfecho, embora de forma precária, com a visão extrafísica que estava se acoplando ao físico. Percebi pedaços de luzes se fragmentando até não existir mais nada a não ser a visão total do meu quarto.

Obs: por algum motivo, que não sei explicar, acredito que a energia em caleidoscópio era um batedor disfarçado na mesma imagem do homem, do qual eu paralisei no “sonho”, com meu intento de querer ver energia. 


A fisionomia extraterrestre que se apresentou para mim, era muito semelhante aos E.T’s, de cabeças grandes e de corpos pequenos, conhecidos como Grey's ou Cinzentos que estamos acostumados a ver na mídia, embora não fosse da forma caricaturada que se divulga em algumas imagens sensacionalistas.

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