domingo, 15 de abril de 2012

Viagem no túnel.




Estado alterado de consciência
Data: 05/02/07
Horário: 22:30

Na noite do dia 05/02/07 tive uma experiência peculiar. Estava com sono, mas não consegui dormir de imediato. Fiquei tranquilamente esperando o sono me dominar. Minha mente estava serena, sem nenhum pensamento que pudesse me deixar inquieto.

Logo entrei no estado hipnagógico em que imagens apareciam facilmente na minha mente sem a intervenção da mesma.

A primeira imagem que se apresentou espontânea e incrivelmente nítida foi uma vela em chamas. A imagem era tão clara que me despertou. Fiquei consciente do paradoxo existente entre meu sono fisiológico e a clara atividade de minha mente. Observei lucidamente a chama da vela como uma tela holográfica que cobria todo o meu campo de visão. Num piscar de olhos a vela some e depois reaparece, sem que tivesse tempo para pensar sobre ela. 

Em seguida, como num abrir e fechar de olhos, a vela novamente some e reaparece, mas de forma distorcida, como se tivesse sido derretida ou borrada verticalmente, de baixo para cima, por um pincel imaginário.

Um segundo depois entrei em uma viagem mental fantástica. Meu campo de visão deslizava em alta velocidade por um túnel exótico e brilhante. O túnel era sinuoso e ia em todas as direções: Para baixo e para cima, para a direita e esquerda, fazendo ondas e curvas perfeitas. Dava a impressão de estar deslizando no interior do corpo de uma serpente. 

A velocidade era tão incrível que parecia estar pilotando uma nave ou uma moto. Sentia até mesmo o vento bater fortemente no meu rosto, e isso me deixava em estado de plena lucidez e alegria. Era uma diversão indescritível, um prazer fora do comum viajar em tamanha velocidade pelo túnel serpentino.

Comecei a gritar de alegria, como se fosse uma criança pilotando um Super-Jet. A minha voz ecoava em toda a extensão do túnel. Queria que não terminasse nunca, pois a sensação do presente, de estar vivenciando o aqui e agora era algo tão envolvente que me deixava completo.

Porém, senti que a experiência estava chegando ao seu fim. Após descer profundamente, uma curva fez-me subir em um ângulo de noventa graus aproximadamente, sendo expelido furiosamente do túnel com tamanha pressão que alcancei o céu (ou um céu desconhecido).

Nesse instante em que me sentia um homem-bala, percebi que o túnel existia debaixo da terra, seu final era como a boca de um vulcão. E, enquanto voava pelo ar afora, tive uma derradeira percepção do local onde me encontrava.

Avistava um mundo estranho, uma paisagem muito ampla; pareciam-me cidades incomuns, ou algo semelhante ao que concebo como tal. Lembravam construções feitas de pedra branca ou algo semelhante em meio a savanas, montanhas e chapadas. Essa percepção foi última e rápida. 

Em seguida fiquei inconsciente e apaguei.

2 comentários:

  1. Que doidera, Tori!^^

    Sempre gosto de ler suas experiencias!

    um abraço!

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  2. Que bom minha querida! É sempre uma honra pra mim seus comentários! Intento!

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