Projeção extrafísica
Data: Maio de 2001
Hora: madrugada
Estava eu de pé, no início da rua da casa onde morava meus pais.
De costas para a avenida principal observava a rua, que estranhamente estava como antigamente.
De costas para a avenida principal observava a rua, que estranhamente estava como antigamente.
Ou seja, não existia asfalto e a rua era de pedregulho. As residências também estavam como antigamente, inclusive a casa onde morava.
Observei o terreno com a cerca de madeira, estava exatamente igual a quando tinha meus 10 anos de idade.
Todas aquelas imagens trouxeram recordações fabulosas em minha consciência.
Foi então que percebi o quanto nítida e cristalina estava minha percepção.
Estava incrivelmente lúcido!
Acordando no Sonho!
Comecei a sentir uma notável sobriedade com a clareza do “Sonhar”, percebia ter voltado no tempo, alguns anos no passado.
Fiquei observando todos os detalhes, confirmando realmente estar tudo como antes. De repente, algo chamou minha atenção. Em frente à calçada, a dois metros da cerca do terreno da casa dos meus pais, avisto um belo e forte cavalo da raça mustangue.
A princípio acreditei que estava pastando, comendo muitos tufos de grama que lá existiam, mas em seguida vi que comia um resto de comida junto ao mato. Achei estranho o cavalo preferir a comida à grama, mas antes que pudesse pensar a respeito, outra cena atraiu minha atenção.
Vinha de encontro ao cavalo, seguindo a rua, um grande cão branco furioso. Ele tinha um pêlo baixo e muito rente, era musculoso e tinha um focinho relativamente curto e largo. Sua boca também era um pouco larga, como a dos labradores.
Ele era um cão albino incrivelmente belo e tinha o rabo cortado, era cotó.
O cachorro branco estava bravo com o cavalo, que aparentemente comia a sua comida. O cão ameaçou avançar no cavalo atacando-o em seguida. Mas o cavalo, não se intimidando, soltou um estridente relincho e, arrepiando a crina, pendeu a cabeça ao chão, deu uma grande carreira no cão até alcançar a metade da rua.
Depois disso, o cavalo voltou para frente do terreno de casa e continuou a comer o resto de comida.
O cão valente e obstinado retomou seu ataque e outra vez o cavalo deu nova carreira no cachorro, desta vez só parando quando este prostrou-se de barriga para cima em sinal de submissão. O cavalo voltou para comer o resto da comida e mais uma vez a cena se repetiu, com o cavalo em toda sua fúria, dando nova carreira no cão e, desta vez, posicionando a mandíbula na barriga do cachorro, mostrando-lhe que morderia se ele continuasse a atacar. Cheguei a ouvir os gemidos de medo do cão.
Fiquei observando-o levantar submisso e demonstrando ter aceitado a derrota, começou a balançar o pequeno rabo.
Então voltei minha atenção para a calcada, onde estava à comida, e o que vi me deixou paralisado e ao mesmo tempo deslumbrado.
Próximo ao resto de comida e de costas para mim estava um cavalo branco que tinha o dobro do tamanho normal.
O surpreendente animal tinha as patas traseiras parecidas com as dos cervos, com a diferença que continham tufos de pêlos. Sua calda era felpuda e extremamente pequena em relação ao corpo gigantesco. Sua crina era enorme e se confundia com os pêlos que caíam do seu pescoço e peito, que pareciam arrastar ao chão.
Seus olhos eram de um azul anil e a tonalidade vermelho - fogo que os contornava, dava-lhe uma impressão fria como o aço. No centro de sua testa, logo acima dos olhos, encontrava-se um chifre de uns 60 cm em forma de arpão.
Sim, o que estava diante dos meus olhos era um Unicórnio!
Fiquei impressionando com o majestoso animal. Saí um pouco da minha perplexidade, quando o cavalo mustangue se aproximou do unicórnio. Reconhecendo sua soberania, ficou no impasse, sem saber se podia ou não continuar comendo a comida.
Nisso, o fabuloso animal soltou altíssimo relinchar e, inclinando imperiosamente a cabeça, fez sinal para o mustangue se afastar.
Esse gesto foi o bastante para fazer o cavalo pender a cabeça e encolhendo a cauda entre as pernas, à maneira dos cães, em sinal de resignação, foi se afastando de ré.
Acompanhei-o com a visão até certo ponto, onde tinha ficado o cão e percebi que o cachorro branco não estava mais lá. Então voltei minha atenção ao magnífico Unicórnio.
Notei que ele estava comendo o resto de comida na grama. A cena era algo tão fora do comum que a única reação que tive foi ficar ali parado a observar a cena que se mostrava tão cristalina e surreal!
Em seguida, acordei com toda a clareza dessa projeção espontânea.
Nenhum comentário:
Postar um comentário