
Projeção Extrafísica espontânea
Horário:manhã
Data: outubro de 1994
Entre o final do ano de 1993 e o começo de 1994, eu e meu amigo de adolescência, Peter, costumávamos praticar certos exercícios de magia. Pelo fato de Peter ter forte influência indígena ancestral e eu sempre gostar de coisas exóticas e sentir-me atraído pela cultura das etnias nativas, sempre nos afinávamos muito bem.
Desde o início de nossa amizade sempre houve um sincronismo muito explícito.
O mais engraçado é que não me lembro, nunca e, em momento algum, de um dia o Peter ter me pedido algo assim, ao menos não na vida cotidiana. A impressão do pedido era algo muito forte, creio que deve ter sido uma comunicação em sonho.
Em seguida, me lembrei de que meu amigo Peter alertara-me para não me esquecer do ritual.
Ao olhar em direção ao portão de madeira, percebi alguém lá imóvel a me espreitar, estava me observando. De início minha visão se apresentou turva, mas, logo foi se moldando e pude identificar uma presença a uns sete metros de distancia de mim.
Comecei a ficar fascinado com a nitidez dos detalhes, nunca tinha visto beleza igual em minha vida. Seu semblante branco como a neve tinha um aspecto frágil, era angular e bem proporcionado. Rosto fino assim como a sua boca que mal se podiam ver os lábios superiores de tão finos e perfeitos. Seu nariz também coincidia com sua boca, era fino e bem proporcionado.
Tudo nela reluzia algo do Vazio – Noite, como a pedra de obsidiana; negra e com nevadas brancas.
Assim era Elizabeth (A Bruxa) com seu cabelo negro – corvo.
Continuei a olhar e logo a imagem se fez nítida.
Vi um homem alto e magro com cabelos louros encaracolados, quase até os ombros, tinha uma costeleta, também portava roupas do século XVII ou XVIII, parecia um lorde britânico. Usava um chapéu pequeno e negro, típico da época. Tinha as características de um anglo-saxão.
De repente, algo me faz lembrar das palavras do meu amigo Peter e, resolvi não mais dar atenção àquilo, pois já estava mexendo com meu estado emocional.
Embora o mistério de querer saber quem era aquela mulher me intrigava mais que tudo.
Tudo estava calmo e tranqüilo, comecei a armar os gravetos e quando já estava pronto, parei um momento e antes de ascender à fogueira, olhei para o céu e perguntei a esmo, algo displicente:
— Nossa! Que linda! Quem será aquela mulher?
No mesmo instante, ouvi um estrondo vindo de fora e ao mesmo tempo de dentro de mim, uma voz de trovão ecoou gigantesca e descomunal fazendo-me tremer.
Data: outubro de 1994
Entre o final do ano de 1993 e o começo de 1994, eu e meu amigo de adolescência, Peter, costumávamos praticar certos exercícios de magia. Pelo fato de Peter ter forte influência indígena ancestral e eu sempre gostar de coisas exóticas e sentir-me atraído pela cultura das etnias nativas, sempre nos afinávamos muito bem.
Desde o início de nossa amizade sempre houve um sincronismo muito explícito.
Certa vez, ele contou-me ter encontrado uma bruxa em seu sonho e disse que eu também iria encontrar-me com uma. Meses mais tarde, mais precisamente em uma manhã de outubro, acordei consciente em meu “Sonhar”.
Estava no quintal da casa dos meus pais. Estranhamente, estava tudo igual à época de minha infância, quando tinha entre dez e onze anos. Olhei para o céu, estava claro e anil. O sol apontava bem ao meio, dando a impressão de ser meio dia. Ele parecia estático, como uma cena de filme, ou uma tela sem movimentos.
Constatei que se tratava de um ambiente plasmado fortemente em minha memória. Tudo, sem qualquer exceção, estava perfeitamente como na época de minha infância.
Sentia-me seguro lá.
Constatei que se tratava de um ambiente plasmado fortemente em minha memória. Tudo, sem qualquer exceção, estava perfeitamente como na época de minha infância.
Sentia-me seguro lá.
Sentia algo em mim que me movia, fazendo-me agir automaticamente. Sabia, intuitivamente, que tinha um propósito a cumprir. Comecei a me lembrar de algo que o Peter pediu-me para fazer:
Disse-me para fazer o ritual da fogueira sagrada. Deveria pegar pedaços de madeiras e gravetos que encontrasse no quintal e, depois, montar uma fogueira nos fundos da casa de minha avó (falecida na época). Esse era o propósito que intuía.
O mais engraçado é que não me lembro, nunca e, em momento algum, de um dia o Peter ter me pedido algo assim, ao menos não na vida cotidiana. A impressão do pedido era algo muito forte, creio que deve ter sido uma comunicação em sonho.
Em seguida, me lembrei de que meu amigo Peter alertara-me para não me esquecer do ritual.
Repeti em voz alta para mim mesmo o que disse:
- Não posso me esquecer do ritual...Foi o que O Peter me disse... Não posso esquecer!
Pois, bem, esse era meu propósito!
Pois, bem, esse era meu propósito!
Parti para meu objetivo e comecei a pegar gravetos e pequenas madeiras que encontrava no chão do quintal. Não foi difícil, porque o quintal estava uma bagunça, como era antigamente.
Quando me sentia disperso, logo as impressões das palavras de Peter ficavam latentes em meus ouvidos, e repetia a frase como um dispositivo de lembrança, voltando assim a juntar gravetos para o ritual.
Quando me sentia disperso, logo as impressões das palavras de Peter ficavam latentes em meus ouvidos, e repetia a frase como um dispositivo de lembrança, voltando assim a juntar gravetos para o ritual.
Fui seguindo em sentido da casa de minha avó nos fundos.
De repente, algo ou uma força, me faz virar para trás e olhar em direção ao portão de entrada do quintal. O terreno era cercado por ripas de madeiras e dava para se ver a rua ainda sem asfalto, cheia de pedregulhos.
De repente, algo ou uma força, me faz virar para trás e olhar em direção ao portão de entrada do quintal. O terreno era cercado por ripas de madeiras e dava para se ver a rua ainda sem asfalto, cheia de pedregulhos.
Ao olhar em direção ao portão de madeira, percebi alguém lá imóvel a me espreitar, estava me observando. De início minha visão se apresentou turva, mas, logo foi se moldando e pude identificar uma presença a uns sete metros de distancia de mim.
O que vi me deixou paralisado, fiquei absorto contemplando a imagem que me fitava profundamente.
Vi uma mulher vestida com uma longa túnica negra, semelhante àquelas da idade média. Essa mulher estava com os braços entrelaçados, ao nível do plexo solar, como em uma posição de proteção e suas mãos adentravam nas largas mangas da túnica.
Fiquei imóvel observando aquela visão de estranha beleza e senti que ela estava lá para me observar! Ela não se movia do lugar onde estava, muito menos falava, mas percebi que a barra de sua túnica tocava levemente o chão, dando a impressão de estar flutuando alguns centímetros do mesmo. Comecei a perceber o quanto a beleza daquela mulher era singular. Parecia um anjo da noite!
Ela tinha uma tez branca, quase pálida, mas viva e brilhante. Parecia etérea, leve...
Sua posição era de pleno domínio sobre si, e expressava serenidade e leveza, algo doce e letal ao mesmo tempo. Forte, límpido e direto, algo sublime para mim naquele momento! Seus olhos eram como duas esferas de obsidiana; um olhar de um negrume profundo e, assim também eram seus cabelos lisos, que caíam pouco abaixo do pescoço em curva para dentro.
Como uma cachoeira de petróleo a se quebrar nas rochas dos ombros seus, para em seguida se confundir na escuridão da túnica que vestia seu corpo.
Ela tinha uma tez branca, quase pálida, mas viva e brilhante. Parecia etérea, leve...
Sua posição era de pleno domínio sobre si, e expressava serenidade e leveza, algo doce e letal ao mesmo tempo. Forte, límpido e direto, algo sublime para mim naquele momento! Seus olhos eram como duas esferas de obsidiana; um olhar de um negrume profundo e, assim também eram seus cabelos lisos, que caíam pouco abaixo do pescoço em curva para dentro.
Como uma cachoeira de petróleo a se quebrar nas rochas dos ombros seus, para em seguida se confundir na escuridão da túnica que vestia seu corpo.
Comecei a ficar fascinado com a nitidez dos detalhes, nunca tinha visto beleza igual em minha vida. Seu semblante branco como a neve tinha um aspecto frágil, era angular e bem proporcionado. Rosto fino assim como a sua boca que mal se podiam ver os lábios superiores de tão finos e perfeitos. Seu nariz também coincidia com sua boca, era fino e bem proporcionado.
Tudo nela reluzia algo do Vazio – Noite, como a pedra de obsidiana; negra e com nevadas brancas.
Assim era Elizabeth (A Bruxa) com seu cabelo negro – corvo.
Estava absorto com a imagem diante de mim.
Então, algo me despertou do meu torpor e me lembrei de imediato das palavras de alerta do Peter. Repeti novamente a frase para mim mesmo: —
Não posso me esquecer do ritual da fogueira.
Então, algo me despertou do meu torpor e me lembrei de imediato das palavras de alerta do Peter. Repeti novamente a frase para mim mesmo: —
Não posso me esquecer do ritual da fogueira.
No mesmo instante, dei as costas para a mulher e me concentrei no objetivo de pegar gravetos no chão, andei alguns metros e já estava bem próximo da casa de minha avó. Então, outra vez, uma força me faz olhar para trás e focalizar a visão da mulher.
Desta vez, quando a focalizei percebi uma incongruência. Embora ela continuasse no mesmo lugar e na mesma posição, alguns centímetros a sua frente, encontrava-se um punhado de gravetos já armados em forma de fogueira, pronto para ser ateado fogo.
Fiquei observando a mulher e os gravetos até aparecer uma massa turva que ficava de um lado para o outro na frente da suposta fogueira e da Bruxa.
Desta vez, quando a focalizei percebi uma incongruência. Embora ela continuasse no mesmo lugar e na mesma posição, alguns centímetros a sua frente, encontrava-se um punhado de gravetos já armados em forma de fogueira, pronto para ser ateado fogo.
Fiquei observando a mulher e os gravetos até aparecer uma massa turva que ficava de um lado para o outro na frente da suposta fogueira e da Bruxa.
Continuei a olhar e logo a imagem se fez nítida.
Vi um homem alto e magro com cabelos louros encaracolados, quase até os ombros, tinha uma costeleta, também portava roupas do século XVII ou XVIII, parecia um lorde britânico. Usava um chapéu pequeno e negro, típico da época. Tinha as características de um anglo-saxão.
Segurava em sua mão esquerda pressionando contra o peito um enorme livro.
Parecia-me um livro sobre bruxas (como o martelo das bruxas que os inquisidores usavam em seus argumentos para a caça às bruxas).
Parecia-me um livro sobre bruxas (como o martelo das bruxas que os inquisidores usavam em seus argumentos para a caça às bruxas).
Percebi que ele estava furioso e andava de um lado para o outro a praguejar coisas sobre as mulheres. Repetia uma ladainha do tipo que as mulheres eram adoradoras do demônio e que todos os seus atos tinham como principal objetivo a sua invocação.
Disse serem elas desprovidas de alma, que seres assim deveriam ser purificados com as chamas da fogueira, pois se tratavam todas de hereges adoradoras do Diabo!
Disse serem elas desprovidas de alma, que seres assim deveriam ser purificados com as chamas da fogueira, pois se tratavam todas de hereges adoradoras do Diabo!
O interessante é que não sei em que língua ele falava, na verdade eu só entendia porque tudo que era proferido me vinha em sensações, como se fosse uma linguagem em bloco, sentia diretamente o que ele expressava.
Aquilo me deixou aborrecido, pois sabia que ele sim era um fanático, assassino da "velha religião" pagã. Percebia que a bruxa continuava imóvel, indiferente às calúnias do suposto inquisidor (?).
De repente, algo me faz lembrar das palavras do meu amigo Peter e, resolvi não mais dar atenção àquilo, pois já estava mexendo com meu estado emocional.
Embora o mistério de querer saber quem era aquela mulher me intrigava mais que tudo.
Novamente dei de costas à cena e voltei a pegar galhos. Verifiquei que tinha enorme quantidade de madeira nos braços e já estava quase nos fundos da casa de minha avó.
Quando então resolvi olhar novamente para a cena e, me admirar com a mulher e a estranheza da imagem do homem, percebi que não tinha mais ninguém lá.
A bruxa não se encontrava, muito menos a presença incomoda do homem, ambos tinham desaparecido.
A bruxa não se encontrava, muito menos a presença incomoda do homem, ambos tinham desaparecido.
Mas algo ainda continuava no mesmo lugar; sim os gravetos prontos para ser ateado fogo ainda estavam lá. E, desta vez, estavam crepitando. Queimaram até se tornar uma imensa fogueira...
Um fogueiral.
Olhei por mais um instante sem me impressionar e, em seguida, resolvi armar a minha fogueira no fundo da casa.Um fogueiral.
Tudo estava calmo e tranqüilo, comecei a armar os gravetos e quando já estava pronto, parei um momento e antes de ascender à fogueira, olhei para o céu e perguntei a esmo, algo displicente:
— Nossa! Que linda! Quem será aquela mulher?
No mesmo instante, ouvi um estrondo vindo de fora e ao mesmo tempo de dentro de mim, uma voz de trovão ecoou gigantesca e descomunal fazendo-me tremer.
A voz de trovão disse:
— Seu nome é Elizabeth!
Acordei num susto como se um relâmpago tivesse acabado de estourar próximo à mim.
Já eram entre 8h30 e 9h00 da manhã.
Obs: Nunca mais consegui esquecer a imagem daquela mulher!
Maravilhoso sonho Tori, impressionante o sentimento que despertou em mim com a narração da mulher. Isso é magia!
ResponderExcluirCara Amigo dos Ventos! Nessa época tinha 19 anos, e pesquisa muito sobre a Velha Religião pagã.
ResponderExcluirEsse Sonhar foi muito lúcido, foi uma projeção espontânea onde estava inserido todos oas arquétipos, relacionados, como o "ritual da fogueira" no funda da casa de minha avó (um lugar de poder)...o que me chamou muito a atenção não foi apenas o fato da Bruxa estar lá, num ambiente plasmado a me observar, mas a voz descomunhal que me revelou o nome dela, quando perguntei a esmo quem seria ela. Lhe digo amigo, nunca esqueci tal visão e o estrondo da voz!
Intento amigo!