Porão plasmado

Projeção Extrafísica provocada
Horário: 09:30 manhã
Data: 05/08/05

Acordei às 7h30 da manhã, mas continuei deitado na cama refletindo sobre a experiência passada. Como estava sem sono, resolvi fazer alguns exercícios de recapitulação, no propósito de recuperar energias dispersas em interações com pessoas em minha vida. 

Lá pelas 9h30 me sentia mais leve e com maior vitalidade. 

Resolvi me levantar, mas um sono avassalador me dominou. 

A última coisa de que me lembro é a sensação da paralisia temporária seguida de uma pressão no meio do corpo. Quando recobrei a consciência, estava em corpo psicossomático num ambiente muito parecido com meu quarto. 

Na verdade, verifiquei ser um porão logo abaixo do meu quarto, no mesmo tamanho e formato. Tratava-se de uma plasmagem, uma réplica perfeita do quarto, só que como se fosse um porão abaixo do mesmo, sendo que o piso do chão seria o teto do porão, um estado intermediário de passagem de um para o outro. 

Comecei a volitar em círculos pelo porão plasmado. 

Tentei sair, mas não sabia como, mesmo assim não me preocupei. Continuei a volitar em círculos, até olhar para cima e ver uma sombra com forma humana que flutuava logo acima do teto (chão). 

A sombra gesticulava para mim. Fazia sinal com os braços para que eu subisse. Volitei e tentei chegar à superfície onde pairava a sombra, sem obter sucesso. 

Não me importei. 

De qualquer forma a sombra não me transmitia confiança. 

Deixei-a de lado e comecei a prestar atenção nos itens do “sonho”. Primeiro visualizei as palmas de minhas mãos, elas estavam lá, iguais às do corpo físico. 

Em seguida, comecei a olhar de relance todo e qualquer objeto que se encontrava naquele ambiente. No exato momento em que minha atenção era presa por um dado objeto por mais tempo, logo presenciava a desintegração da imagem. 

Isso aconteceu repetidas vezes, com guarda-roupas, estantes, caixas etc.

Sempre que presenciava a desintegração da imagem de algum objeto voltava a olhar para as palmas de minhas mãos na intenção de manter as imagens fixas. 

Fiquei praticando essa técnica até não mais conseguir manter a imagem das minhas próprias mãos e presenciar a sua total desintegração.

Depois deste episódio apareci em vários lugares ao mesmo tempo, mas tudo se tornou disperso, perdendo a coesão do início. 

Muitas vezes, a projeção extrafísica se tornava mero sonho comum, e outras vezes tinha total consciência da minha situação transcendental, até ficar passando de sonho comum para sonho translúcido e vice-versa. 

Resultando, finalmente, em meu despertar físico. 

Acordei no físico 10h00 da manhã.