segunda-feira, 16 de julho de 2012

Usando o corpo psicossomático.



Projeção extrafísica
espontânea

Horário: madrugada
Data: 21/04/05


Despertei projetado, consciente de estar em outro corpo mais sutil (psicossomático). Estava plenamente lúcido e me encontrava na posição de decúbito dorsal, talvez, alguns metros acima do meu corpo físico.


No momento em que fiquei ciente de estar flutuando acima do meu corpo físico, não mais via o quarto onde dormia com minha ex-companheira. Apareci flutuando na rua em frente à casa dos meus pais, no bairro onde morava.


Estava na posição de decúbito dorsal, quando levantei meu psicossoma verticalmente, levitando a uns 18 metros de altura do chão. Fiquei observando a rua onde morava, olhava em toda sua extensão até a pracinha. Percebi muitas pessoas perambulando, acordadas na madrugada e as luzes dos postes que estavam acessas.


Estranhamente tinha uma grande fogueira na calçada da rua, a uns 30 metros de onde estava.

Via-se um grande movimento de pessoas, elas iam e vinham de um lado ao outro, outras entravam e saiam do bar e sentavam ao lado da fogueira.


Parecia até mesmo época de São João, embora não visse nenhuma alegoria que confirmasse tal data festiva. De qualquer forma, elas pareciam festejar algo. A cena me trouxe muitas recordações de infância e adolescência. Da altura onde estava, com um sentimento nostálgico, acenei para as pessoas e, embora elas não me percebessem, sabia que estava me despedindo da cena, do sentimento que tudo aquilo me proporcionava. Fazia parte do passado, não era mais minha vida.


Após ter acenado, girei em meu próprio eixo e me dirigi para a avenida principal (Afonso Monteiro da Cruz), que faz travessia com a rua onde morava. Num instante, estava lá, então imaginei um percurso a fazer. Pensei no mesmo percurso que fazia quando em corpo físico na vida cotidiana. Seguir a avenida até o cruzamento com semáforo e depois virar a esquerda, no sentido bairro Serraria.


Assim que terminei de visualizar o trajeto, meu corpo psicossomático que flutuava, na altura de 18 metros do chão, disparou automaticamente numa velocidade extraordinária.


A velocidade era tamanha, que sentia o vento bater no meu rosto, deixando-me mais lúcido ainda. Parecia-me estar em uma nave voadora, nave esta que era meu próprio corpo. Meu corpo obedecia a meu comando com um simples desejo, não precisava pensar duas vezes, bastava imaginar e querer. Voei numa velocidade impressionante, na posição de um homem bala, minha satisfação era indescritível. Sentia-me totalmente empolgado e cheio de energia, vivo e feliz, dava gargalhadas ao vento, que desalinhava meus cabelos.


Como a uma criança gritei, sentindo o vento bater no meu rosto. (tudo isso aconteceu de forma muito rápida)


De repente, quando percebi já estava muito próximo ao semáforo, não dava tempo de virar a esquerda, como o planejado, já estava muito em cima e a velocidade era tamanha que acabei passando direto pelo semáforo. Então em uma cena surreal, brequei no ar flexionando os joelhos e, patinei como se estivesse esquiando no gelo. Parei no ar já a certa distancia do cruzamento... passando direto.


A cena era hilariante, ria de mim mesmo, sentia tanta vida em mim só comparada, ainda que de longe, a liberdade inocente das crianças.


Retornei na mesma velocidade para meu ponto de partida e repeti a experiência. Novamente a velocidade foi incrível. Mas quando tentei virar à esquerda, outra vez não consegui. Acabei freando bruscamente como antes. Era tão gostoso e excitante que fiz novamente. Retornando ao ponto de partida, resolvi não virar à esquerda, queria patinar ao brecar no ar como já tinha feito antes.


Repeti a experiência pela terceira vez e, quando, brequei, decidi desta vez, seguir a rua do trajeto imaginado.


Voltei de onde parei e virei à direita, seguindo a estrada do Rufino. Fui passando, em uma velocidade razoável, por lugares que normalmente ia a pé, mas sem dar atenção ou me importar com os detalhes, estava fascinado com a experiência. Tudo que queria era continuar voando velozmente.


Por um momento comecei a sentir que a velocidade tinha diminuído, mesmo eu querendo o contrário. Parecia que mesmo desejando voar mais rápido, meu psicossoma não obedecia. Achei estranho, e quando já estava próximo da rua Gregório de Bezerra, senti meu corpo ficando mais pesado. Pensava ser por causa da velocidade e a força que fiz para virar à esquerda e o freio brusco.


Achava estranho pensar essas coisas, soava como meros padrões físicos. Mas de qualquer forma, sentia meu corpo energético denso e sem velocidade alguma.


Tive a impressão que naquele momento poderia retornar para o físico, mas não pretendia, estava tudo tão mágico. Não poderia retornar ao corpo físico, queria continuar a experiência. Acabei ficando ansioso e com receio de acordar, então meu corpo foi perdendo a leveza e fui vagarosamente descendo. Embora não podia mais manter o voo, ainda estava muito leve. Tinha a mesma sensação dos astronautas na lua.

Cai na entrada do quintal de uma firma na esquina da rua Gregório Bezerra, ao encostar os pés no chão, dei um leve impulso e foi o bastante para que voasse uns nove metros até o telhado da mesma. Sentia-me literalmente como os astronautas, com a diferença que podia dar saltos mais altos e longos.


Do telhado da firma saltei para as lajes vizinhas, inclusive a de antigos amigos meus. Estava com pressa e ansioso, sentia que a experiência poderia acabar a qualquer momento. Aproveitando a fluidez e leveza que ainda tinha, saltei até a avenida Margarida Maria Alves e, de lá segui a te a rua Leon Trotsky, fiquei lá observando por alguns instantes. Depois disso, dei mais um impulso e pairei em cima da laje da Padaria Potiguar, na rua de baixo e paralela a Leon Trotsky.


E, antes de por os pés na laje, pairei espontaneamente, na posição de decúbito dorsal, a uns dois metros da mesma. No mesmo instante, percebi uma presença ao meu lado, pairando também na mesma posição de decúbito dorsal. Era minha ex-companheira.


Assim que a percebi ao meu lado, comecei a ser dragado ao meu corpo físico. E quando me projetei no quarto, vi o seu corpo físico deitado ao lado do meu. Sentia uma força me puxando para meu físico. Num instante senti estar deitado, tentei me mexer e não consegui. Não estava totalmente acoplado. Sentia a paralisia temporária, minha mente prosseguia expansiva e clara.


De repente comecei a captar ondas vibratórias, que logo se transformaram em ritmos, melodias e numa canção. Ouvia palavras em outra língua, que estranhamente estava sendo emitido do campo vibracional de minha ex-companheira.


Intuitivamente senti ser uma língua de algum país da áfrica, e mesmo pela sua sonoridade.

Tive impressão que era a minha ex-companheira que estava conversando comigo, numa língua africana. Tinha a intuição de ser língua Zimbábue (embora não conhecesse a língua Zimbábue).

Nesse ínterim, comecei a ouvir um maravilhoso coral de vozes, como se estivesse ali varias pessoas. As vozes eram de mulheres de alguma etnia africana. Em resposta comecei a ouvir outro coral de vozes, agora masculinas, que vinha do meu campo vibracional. Eles cantavam em resposta ao coral das mulheres, até que se tornou um imenso e jubiloso coral de homens e mulheres. Tudo muito lindo e afinado. A canção era desconhecida, mas incrivelmente bela e as vozes sem duvidas eram de alguma etnia africana.


No mesmo momento, minha ex-companheira e eu, começamos um intercambio de linguagem em meio ao coral. Ao mesmo tempo em que cantávamos, acompanhando a canção do coral, conversávamos um com o outro na língua africana que para mim era ininteligível. Mas que se expressava através dos sentimentos de sonoridade que as vozes proporcionavam.

Ela falava comigo na língua africana e, eu respondia na mesma língua. Logo em seguida, vinha o coral de vozes femininas e em contra partida, o de vozes masculinas.

Esta situação não durou muito tempo, mas o necessário para ficar maravilhado com a experiência. 

Até que tudo foi perdendo a força de coesão e acordei .

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